Senti-me mal. Apeteceu-me correr rua
abaixo. Não fui capaz!
Decidi tomar um banho. A água morna acalmou-me.
Penteei o cabelo para a frente, para me tapar os olhos. Aos poucos, as
pontas encaracolaram-se para cima e deixaram-me ver a minha cara no espelho.
Senti de novo necessidade de gritar. Explodi!
É por isso que não resta de mim senão o que está à vista.
José Pedro Cadima
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