domingo, dezembro 05, 2010

Noites em claro (II)

Não como.
Não durmo.
Não sinto, nem sonho.
Não vivo.
Deambulo em busca
do que me escapa.
E nas noites em que não durmo,
mato-me;
aos poucos, é certo, mas mato-me.
Arde-me o corpo.
São ácidos do passado.
É a embriaguez do futuro.

José Pedro Cadima

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