[Foto de autor não identificado que nos caiu entretanto na página do Facebook]
Imagina só poderes ver os meus sonhos no meu reflexo. "Jornal de Parede" de José Pedro Cadima e de José Cadima
terça-feira, fevereiro 25, 2014
sexta-feira, fevereiro 21, 2014
domingo, fevereiro 16, 2014
Longe da agitação da urbe
Falas-me
de ti.
Falas-me
de mim.
Falas…
Uma
extensa mancha de água à nossa frente:
o rio.
Logo a
seguir, o mar,
revolto,
agitado, neste caso.
Mais tranquilos
estamos nós, nesta altura,
perto da
imensidão da água,
longe
da agitação da urbe.
Escuto
as tuas palavras,
Espreito
as gaivotas
recolhidas
da sua ilha ocasional,
tempestade
que vai no mar.
Fazem-me
falta estes momentos
em que só
o azul prateado da água,
as
gaivotas recolhidas em terra contam.
O rio
sugere-se cada vez mais prateado,
e a urbe
mais distante.
Fica o espaço
para nós
que nos
falha quase sempre.
K
sexta-feira, fevereiro 14, 2014
"Sê tu aquele que afasta as pedras do caminho"!
"Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu. Onde houver um erro para emendar, emenda-o tu. Onde houver um esforço de que todos fogem, fá-lo tu.
Sê tu aquele que afasta as pedras do caminho."
JBM
(reprodução de mensagem que nos caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, com origem em Júlio B. Martins)
Sê tu aquele que afasta as pedras do caminho."
JBM
(reprodução de mensagem que nos caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, com origem em Júlio B. Martins)
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
sábado, fevereiro 08, 2014
terça-feira, fevereiro 04, 2014
Flutuando
Na água, não longe de mim, há os que nadam, os
que saltitam, os que brincam. Eu flutuo, plano. Liberto do corpo, vagueio pelos
lugares mais desencontrados, em busca de lugar algum.
Soa-me estranha esta ausência de materialidade.
Resta-me o pensamento, que, liberto, tão depressa te procura quanto parte, em correria, ao encontro do dia que passou ou em busca do dia de contornos
incertos que virá.
Soa-me estranho este espaço para deixar vaguear
o espírito, esta ausência de uma materialidade asfixiante que nos enche o
dia-a-dia de tudo, de nada. Flutuo, levito. Sou só espírito, sou só vontade de
ausência.
Trazendo-me à relação com a água, com a terra,
chegas-me tu, de quando em quando. Chegas-me da ponta mais afastada do
arco-íris e, por isso, a tua presença interrompe mas não questiona decisivamente
a minha ausência de substância, que se reconstitui logo que te afastas em
braçadas largas.
Liberto do corpo que me pesa, sou liberdade,
sou pássaro que plana empurrado pelo vento. Hoje, fica-me longe o mundo que
vivi ontem, anteontem e em tantos outros dias precedentes.
domingo, fevereiro 02, 2014
Frenesim
Na cama, junto de mim,
pressinto
a tua presença.
Dormes, sonhas,
quedas longe.
De outro local, não muito distante,
chegam-me sinais de frenesim,
suspiros de agitação intensa.
Queria-te perto.
Queria-te agitada
mas sou incapaz se quebrar o teu sono.
Ficas longe, queria-te perto.
Questiono-me se sonhas
ou estás simplesmente ausente.
Há horas em que a ausência
é repouso bastante.
Há momentos em que, para nos libertamos,
precisamos de ser capazes
de deixar-nos envolver num frenesim intenso,
que nos tira o folgo,
que nos alheia de tudo o mais.
Pressinto-te perto de mim,
embalada por sono profundo.
De local não muito afastado,
chegam-me sinais de frenesim imenso,
que a crueza do silêncio da noite não permite
abafar.
K
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