Momentos rosa,
pores-do-sol amarelos
e arco-íris brancos…
Onde se escondem?
As abelhas nas flores os procuram,
as toupeiras no solo
e as baleias no fundo do oceano.
O homem? Esse procura-os na lua…
José Pedro Cadima
Imagina só poderes ver os meus sonhos no meu reflexo. "Jornal de Parede" de José Pedro Cadima e de José Cadima
segunda-feira, abril 30, 2007
sábado, abril 28, 2007
Não te sou nada
Eu a ti, não te sou nada;
nem amor, nem desconhecido,
nem ódio, nem amigo…
Eu a ti, não te faço chorar;
não sou chuva, nem neve,
não sou o dia, nem a noite.
Eu a ti, não te faço feliz;
não sou hábito, nem vicio,
não sou encontrado, nem procurado.
Eu a ti, não te sou nada,
nem o mais suave tocar de teus lábios…
José Pedro Cadima
nem amor, nem desconhecido,
nem ódio, nem amigo…
Eu a ti, não te faço chorar;
não sou chuva, nem neve,
não sou o dia, nem a noite.
Eu a ti, não te faço feliz;
não sou hábito, nem vicio,
não sou encontrado, nem procurado.
Eu a ti, não te sou nada,
nem o mais suave tocar de teus lábios…
José Pedro Cadima
quinta-feira, abril 26, 2007
Havia algo
Havia algo de errado:
era apenas o erro…
Havia algo de certo:
era apenas o sentimento…
Havia algo de fantástico:
eras tu!
José Pedro Cadima
era apenas o erro…
Havia algo de certo:
era apenas o sentimento…
Havia algo de fantástico:
eras tu!
José Pedro Cadima
terça-feira, abril 24, 2007
Estrelas no céu
Olha as estrelas no céu!
Parecem-me ser cada vez menos.
Serão elas os nossos sonhos?
José Pedro Cadima
Parecem-me ser cada vez menos.
Serão elas os nossos sonhos?
José Pedro Cadima
Um certo mundo
Num mundo descoberto
por todos nós,
cada um descobre-o
à sua maneira.
Para uma honra
pouco vista,
com papel ou guitarra,
é necessária alma de artista.
Paradoxal que pareça,
se uma beleza
nos deixa quase sem fala,
é por ela que se chora e grita.
José Pedro Cadima
por todos nós,
cada um descobre-o
à sua maneira.
Para uma honra
pouco vista,
com papel ou guitarra,
é necessária alma de artista.
Paradoxal que pareça,
se uma beleza
nos deixa quase sem fala,
é por ela que se chora e grita.
José Pedro Cadima
domingo, abril 22, 2007
Somos todos o mesmo
Somos todos o mesmo:
o mesmo sangue,
a mesma ideia.
Somos todos o mesmo:
o que aprende,
o que ensina.
Somos todos o mesmo:
o que sofre, o que chora;
o que desilude, o que ignora.
Somos todos o mesmo!
José Pedro Cadima
o mesmo sangue,
a mesma ideia.
Somos todos o mesmo:
o que aprende,
o que ensina.
Somos todos o mesmo:
o que sofre, o que chora;
o que desilude, o que ignora.
Somos todos o mesmo!
José Pedro Cadima
sexta-feira, abril 20, 2007
Exercício de escrita: o raiar do Sol
Em muitos momentos da minha vida fui levado a fazer “exercícios de escrita”. Primeiramente, para aprender a escrever; mais tarde, para dar sentido àquilo que escrevia. Depois do primeiro passo, aprende-se a andar, e na escrita acontece o mesmo. Fiz exercícios de escrita para me corrigir e aperfeiçoar; fi-los no sentido de me divertir. Cheguei a escrever para não deixar crescer desespero em mim.
Chegou a Primavera. Está sem sol e depressa o excesso de tempo livre da Páscoa me deu tempo para pensar e gerar ideias que, por sua vez, me fizeram desesperar. Recorri ao meu exterior, reordenei as ideias e continuei apoiado por algo que não era eu. Precisava de um exercício de escrita, mas algo novo. Fartara-me daquilo que eu no passado fazia: das desculpas momentâneas; das soluções temporárias.
Deu-se-me um furo no hórario escolar e aproveitei para ler (de novo o exterior). Fiz, então, um intervalo para o pensamento, o mesmo que me tinha feito desesperar, e fui para a rua. O sol raiava-me na cara. Sentindo assim os raios, veio-me à cabeça um novo impulso, ainda que narcisista.O sol transmitia-me paz, desejo de paz. O presente é de agora para a frente. O agora é tudo o mais que se possa controlar. O passado é o incontrolável. O futuro, aquilo que não deixamos escapar.
A mensagem só me chegou a mim. Provavelmente, não terá chegado aos outros em razão de simples falta de atenção. Sim, à minha volta ou do outro lado do mundo, estavam todos agarrados a circunstâncias fortuítas. Em nenhum caso, com a excepção do meu, a atenção se dirigiu para o imenso e belo sol que se decidiu a raiar-me com a sua mensagem.
Proponho então a todos os leitores (se, porventura, houver algum), que sigam o meu exercício de escrita, lendo, olhando, ouvindo, cheirando, tocando. Ficam também a saber que este exercício não está destinado a ter um fim (nem todos os textos precisam de um), pois só publicarei um quando tiver o seguinte completo, e assim sucessivamente.
O leitor terá de se ficar pelo penúltimo e fechá-lo com a própria visão de tudo o que ler. Eu farei o mesmo.
José Pedro Cadima
Chegou a Primavera. Está sem sol e depressa o excesso de tempo livre da Páscoa me deu tempo para pensar e gerar ideias que, por sua vez, me fizeram desesperar. Recorri ao meu exterior, reordenei as ideias e continuei apoiado por algo que não era eu. Precisava de um exercício de escrita, mas algo novo. Fartara-me daquilo que eu no passado fazia: das desculpas momentâneas; das soluções temporárias.
Deu-se-me um furo no hórario escolar e aproveitei para ler (de novo o exterior). Fiz, então, um intervalo para o pensamento, o mesmo que me tinha feito desesperar, e fui para a rua. O sol raiava-me na cara. Sentindo assim os raios, veio-me à cabeça um novo impulso, ainda que narcisista.O sol transmitia-me paz, desejo de paz. O presente é de agora para a frente. O agora é tudo o mais que se possa controlar. O passado é o incontrolável. O futuro, aquilo que não deixamos escapar.
A mensagem só me chegou a mim. Provavelmente, não terá chegado aos outros em razão de simples falta de atenção. Sim, à minha volta ou do outro lado do mundo, estavam todos agarrados a circunstâncias fortuítas. Em nenhum caso, com a excepção do meu, a atenção se dirigiu para o imenso e belo sol que se decidiu a raiar-me com a sua mensagem.
Proponho então a todos os leitores (se, porventura, houver algum), que sigam o meu exercício de escrita, lendo, olhando, ouvindo, cheirando, tocando. Ficam também a saber que este exercício não está destinado a ter um fim (nem todos os textos precisam de um), pois só publicarei um quando tiver o seguinte completo, e assim sucessivamente.
O leitor terá de se ficar pelo penúltimo e fechá-lo com a própria visão de tudo o que ler. Eu farei o mesmo.
José Pedro Cadima
quarta-feira, abril 18, 2007
Odeio-te!
O mais belo poema que alguma vez fiz
procurava a perfeição.
Este que escrevo agora
foi inspirado na tua rejeição.
Uma vez (ou mesmo muitas)
disseram-me (como toda a gente costuma dizer)
que um poema é algo
para mostrar os sentimentos...
Pois bem, aqui está o meu poema:
odeio-te!
José Pedro Cadima
procurava a perfeição.
Este que escrevo agora
foi inspirado na tua rejeição.
Uma vez (ou mesmo muitas)
disseram-me (como toda a gente costuma dizer)
que um poema é algo
para mostrar os sentimentos...
Pois bem, aqui está o meu poema:
odeio-te!
José Pedro Cadima
segunda-feira, abril 16, 2007
Lábios no cabelo
No cabelo estão as mãos;
nos olhares, os olhares;
nos lábios, os lábios.
Há beijos para dar.
É assim que deve ser.
É assim que se deve conservar.
Arde em mim
uma paixão.
Arde em mim uma paixão
que me faz beijar teus olhares,
que me faz com os lábios tocar teu cabelo;
uma paixão que me faz ter medo
de aproximar as minhas mãos do teu corpo.
José Pedro Cadima
nos olhares, os olhares;
nos lábios, os lábios.
Há beijos para dar.
É assim que deve ser.
É assim que se deve conservar.
Arde em mim
uma paixão.
Arde em mim uma paixão
que me faz beijar teus olhares,
que me faz com os lábios tocar teu cabelo;
uma paixão que me faz ter medo
de aproximar as minhas mãos do teu corpo.
José Pedro Cadima
domingo, abril 15, 2007
Onde se esconde o amor?
Como um tiro,
furou meu peito
e meu coração.
Como uma lança,
trespassou-me,
decepando a fonte da minha inspiração.
Como um machado,
cortou uma artéria
que bombeia o meu sangue.
Como um canibal,
comeu o sentimento
que se esconde no último verso de cada terceto.
José Pedro Cadima
furou meu peito
e meu coração.
Como uma lança,
trespassou-me,
decepando a fonte da minha inspiração.
Como um machado,
cortou uma artéria
que bombeia o meu sangue.
Como um canibal,
comeu o sentimento
que se esconde no último verso de cada terceto.
José Pedro Cadima
quinta-feira, abril 12, 2007
Chamam-lhes histórias
Dizem eles que são histórias,
mas eu vi-a gerar uma luz na tempestade.
No solo, essa luz criou vida;
no céu, essa luz criou liberdade.
Dizem eles que são histórias,
mas eu vi-a! Como vejo escrever,
eu vi-a! Olhei para ela até doer.
Ainda dói, mas são saudades.
Dizem eles que são histórias,
e ninguém em mim acredita.
Fundam-se em velhas glórias.
Seja a sorte maldita!
Teimam eles serem histórias,
mas aquela luz era bela
e com ela vinha a mais bela donzela,
que até a lua fazia derreter.
Não! Não são histórias.
São desejos… São fantasias.
Mas havia luz.
Eram meus olhos a brilhar!
José Pedro Cadima
mas eu vi-a gerar uma luz na tempestade.
No solo, essa luz criou vida;
no céu, essa luz criou liberdade.
Dizem eles que são histórias,
mas eu vi-a! Como vejo escrever,
eu vi-a! Olhei para ela até doer.
Ainda dói, mas são saudades.
Dizem eles que são histórias,
e ninguém em mim acredita.
Fundam-se em velhas glórias.
Seja a sorte maldita!
Teimam eles serem histórias,
mas aquela luz era bela
e com ela vinha a mais bela donzela,
que até a lua fazia derreter.
Não! Não são histórias.
São desejos… São fantasias.
Mas havia luz.
Eram meus olhos a brilhar!
José Pedro Cadima
terça-feira, abril 10, 2007
Proibi-me de te amar
Sei que não te posso ter
mas...
Queres também proibir-me
de ter ciúmes?
Não podes!
Eu próprio me proibi
de te amar
e nada consegui...
José Pedro Cadima
mas...
Queres também proibir-me
de ter ciúmes?
Não podes!
Eu próprio me proibi
de te amar
e nada consegui...
José Pedro Cadima
sexta-feira, abril 06, 2007
Ódio que te sente
Ocasionalmente lembro-me de datar
aquilo que escrevo,
só para manter bem presente
aquilo que sinto.
Não há ódio
tão forte como o do presente,
o que te possui, o que te sente,
pois, em se tratando de ódio,
tu não sentes nada.
José Pedro Cadima
aquilo que escrevo,
só para manter bem presente
aquilo que sinto.
Não há ódio
tão forte como o do presente,
o que te possui, o que te sente,
pois, em se tratando de ódio,
tu não sentes nada.
José Pedro Cadima
quarta-feira, abril 04, 2007
O nada
Sinto-me...
Ou até nem me sinto;
não estou em mim.
Estou longe de tudo;
estou apenas em tudo
e, como tu dizes,
”Não aconteceu nada!”
Se não aconteceu nada,
pois eu só quero que o nada
continue a acontecer!
Só sinto paixão
e enrolo sentimento.
Fico parado a olhá-los;
vejo o tempo passar.
No amor, porém,
faço eu o tempo andar...
José Pedro Cadima
Ou até nem me sinto;
não estou em mim.
Estou longe de tudo;
estou apenas em tudo
e, como tu dizes,
”Não aconteceu nada!”
Se não aconteceu nada,
pois eu só quero que o nada
continue a acontecer!
Só sinto paixão
e enrolo sentimento.
Fico parado a olhá-los;
vejo o tempo passar.
No amor, porém,
faço eu o tempo andar...
José Pedro Cadima
segunda-feira, abril 02, 2007
Faz-me sentir alguém!
Sorri.
Abraça-me.
Faz-me sentir alguém,
alguém que te quer.
Beija-me.
Olha-me.
Faz-me sentir amado;
faz-me sentir alguém que te quer.
Beija-me e abraça-me assim...
José Pedro Cadima
Abraça-me.
Faz-me sentir alguém,
alguém que te quer.
Beija-me.
Olha-me.
Faz-me sentir amado;
faz-me sentir alguém que te quer.
Beija-me e abraça-me assim...
José Pedro Cadima
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